Com chuvas abaixo da média há agravamento da seca no nordeste, segui relatório mensal do Monitor de Seca no Brasil.
Em maio de 2025, os destaques são feitos por Região e por Unidade da Federação, acompanhando-se o surgimento, desaparecimento, evolução ou involução do fenômeno da seca em cada uma dessas áreas.
Na Região Nordeste, devido à predominância de chuvas abaixo da normalidade, houve piora na condição de seca em praticamente toda a região, marcada pelo avanço da seca fraca (S0) no Ceará e da grave (S2) no Maranhão, Piauí e Pernambuco. Além disso, houve o agravamento da seca no oeste dos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, que passou de moderada (S1) para grave (S2). Por outro lado, devido aos volumes de chuva acima da média no mês de maio, houve recuo da seca fraca (S0) na faixa leste do Nordeste, desde o Rio Grande do Norte até a Bahia.
Na Região Sudeste, devido às chuvas acima da média nos últimos meses, houve recuo da seca fraca (S0) no norte do Espírito Santo e de Minas Gerais. Por outro lado, em função da piora nos indicadores e anomalias negativas de precipitação, houve o avanço da seca fraca (S0) no centro-leste de Minas Gerais.
Na Região Sul, em decorrência da persistência de chuvas abaixo da média, houve avanço das secas grave (S2), moderada (S1) e fraca (S0) em Santa Catarina. No Paraná, houve avanço da seca moderada (S1) no oeste do estado. Por outro lado, devido às chuvas acima da média em maio, houve expressiva diminuição das áreas com seca grave (S2) no Rio Grande do Sul.
Na Região Norte, devido à piora nos indicadores, houve surgimento de seca fraca (S0) no leste do Amazonas, sul de Roraima, norte de Rondônia e no leste do Acre. Por outro lado, devido à melhora nos indicadores, houve atenuação da seca no Amazonas, que passou de grave (S2) para moderada (S1), além do desaparecimento da seca fraca (S0) no Amapá.
Na Região Centro-Oeste, devido à melhora nos indicadores houve recuo da seca fraca (S0) no sul de Mato Grosso e Pantanal sul-mato-grossense, e da seca moderada (S1) no norte e sudoeste de Goiás e no sul de Mato Grosso do Sul.
Síntese do Traçado do Monitor de Secas do Mês de Maio de 2025
Este documento descreve, resumidamente, as maiores variações apresentadas no
Mapa do Monitor de Secas do mês de maio de 2025 (Figura 1b) em comparação ao mês
anterior (Figura 1a).
Em maio de 2025, os destaques são feitos por Região e por Unidade da Federação,
acompanhando-se o surgimento, desaparecimento, evolução ou involução do fenômeno da
seca em cada uma dessas áreas.
No Acre, houve surgimento de seca fraca (S0) no leste do estado, devido às chuvas
abaixo da média. Os impactos são de curto prazo no (C) no leste e de longo prazo (L) no
oeste.
Em Alagoas, a seca fraca (S0) recuou no leste, devido às chuvas acima da média no
mês de maio. Os impactos são de curto e longo prazo (CL) no oeste e de curto prazo (C) no
restante do estado.
No Amapá, devido à melhora nos indicadores, houve o desaparecimento da seca fraca
(S0), ficando o estado sem seca relativa (SSR).
No Amazonas, devido à melhora nos indicadores, houve o abrandamento da seca, que
passou de grave (S2) a moderada (S1) no centro do estado, além do recuo das secas fraca (S0)
no sudoeste e da moderada na região central. Por outro lado, devido à piora nos indicadores,
houve surgimento da seca fraca (S0) no leste, norte e sul do estado. Os impactos são de curto
e longo prazo (CL) no centro, de longo prazo (L) no sudoeste, e de curto prazo (C) nas demais
áreas.
Na Bahia, devido às chuvas acima da média, a seca fraca (S0) recuou no leste e no
sudeste, enquanto no extremo sul houve abrandamento da seca, passando de moderada (S1)
para fraca (S0). Os impactos são de curto prazo (C) no leste, de longo prazo (L) no extremo
sul e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas.
No Ceará, a seca fraca (S0) avançou no norte do estado, devido às chuvas abaixo da
média e piora nos indicadores. Os impactos são de curto prazo (C).
No Distrito Federal, não houve mudança na condição de seca em relação ao mês
anterior. Os impactos são de curto e longo prazo (CL).
No Espírito Santo, devido às anomalias positivas de precipitação houve o recuo da
seca fraca (S0) no norte do estado. Os impactos são de curto prazo (C).
Em Goiás, devido à melhora nos indicadores houve recuo da seca moderada (S1) no
oeste e norte do estado. Os impactos são de curto e longo prazo (CL).
No Maranhão, devido às chuvas abaixo da média, houve avanço da seca grave (S2)
no leste do estado. Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL).
Em Mato Grosso, devido às chuvas acima da média, a seca moderada (S1) deixou de
ser registrada e houve o recuo da seca fraca (S0) no sul do estado. Os impactos são de curto
e longo prazo (CL).
Em Mato Grosso do Sul, devido às chuvas acima da média no último trimestre, houve
o recuo da seca moderada (S1) no sul e da seca fraca (S0) no noroeste do estado. Os impactos
são de curto e longo prazo (CL).
Em Minas Gerais, devido à melhora nos indicadores, houve recuo da seca fraca (S0)
no nordeste e da seca moderada (S1) no norte do estado. Por outro lado, devido às chuvas
abaixo da média, a seca fraca (S0) avançou no centro-leste. Os impactos são de curto e longo
prazo (CL) no oeste e de curto prazo (C) nas demais áreas.
No Pará, não houve alteração em relação ao mês anterior. O estado permanece sem
seca relativa (SSR).
Na Paraíba, devido à piora nos indicadores, houve o agravamento da seca, que passou
de moderada (S1) a grave (S2) no Sertão e Borborema. Por outro lado, a seca fraca (S0) recuou
no leste, devido às chuvas acima da média em maio. Os impactos são de curto e longo prazo
(CL) no centro-oeste, e de curto prazo (C) no restante do estado.
No Paraná, devido à persistência de chuvas abaixo da média nos últimos meses, a seca
moderada (S1) avançou no oeste e noroeste. Os impactos são de curto e longo prazo (CL) no
norte, e de curto prazo (C) no restante do estado.
Em Pernambuco, devido à piora nos indicadores, a seca grave (S2) avançou no Sertão.
Por outro lado, a seca fraca (S0) recuou no leste, devido às chuvas acima da média em maio.
Os impactos são de curto e longo prazo (CL) no oeste e centro, e de curto prazo (C) no restante
do estado.
No Piauí, a seca grave (S2) avançou no centro do estado, devido à piora nos
indicadores. Por outro lado, em função das chuvas acima da média no mês de maio, a seca
moderada (S1) recuou no norte. Os impactos são de curto e longo prazo (CL).
No Rio de Janeiro, não houve alteração em relação ao mês anterior. Os impactos são
de curto prazo (C).
No Rio Grande do Norte, devido à piora nos indicadores, a seca moderada (S1)
avançou no centro, enquanto o Oeste Potiguar registrou agravamento da seca, que passou de
moderada (S1) para grave (S2). Por outro lado, a seca fraca (S0) recuou no leste do estado,
em virtude das chuvas acima da média no último mês. Os impactos são de curto e longo prazo
no sul (CL), e de curto prazo (C) nas demais áreas
No Rio Grande do Sul, devido às chuvas acima da média no mês de maio, houve
expressiva redução das áreas com seca grave (S2). Os impactos são de curto prazo (C).
Em Rondônia, devido às chuvas abaixo da média, houve o surgimento de seca fraca
no norte do estado. Os impactos são de curto prazo (C).
Em Roraima, devido às chuvas abaixo da média, houve surgimento de seca fraca (S0)
no sudoeste. Os impactos são de curto prazo (C).
Em Santa Catarina, devido à persistência de chuvas abaixo da média nos últimos
meses, houve avanço: da seca grave (S2) no sul, da seca moderada (S1) no leste e Vale do
Itajaí, e da seca fraca (S0) no norte do estado. Os impactos são de curto prazo (C).
Em São Paulo, não houve alteração em relação ao mês anterior. Os impactos são de
curto prazo (C) no leste e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas.
Em Sergipe, a seca fraca (S0) recuou no leste, devido às chuvas acima da média em
maio. Os impactos são de curto e longo prazo (CL) no oeste e de curto prazo (C) no restante
do estado.
No Tocantins, devido à melhora nos indicadores, houve pequeno recuo da seca
moderada (S1) no leste. Os impactos são de curto e longo prazo (CL).
Para o traçado do mapa do Monitor de Secas de maio de 2025, foram utilizadas as
considerações feitas na videoconferência realizada no dia 10/06/2025 por representantes da
ANA e das instituições autoras: APAC-PE, FUNCEME-CE, INEMA-BA, INPA & SEMA
AM, INCAPER-ES, IGAM-MG, SEMAD-GO, SEMARH-AL e SIMEPAR-PR. Nas etapas
de validação do mapa, diversas instituições estaduais parceiras contribuíram com dados
complementares de suas redes de monitoramento e/ou informações de campo repassadas
pelos observadores de impactos locais. Os trabalhos foram coordenados pela equipe da
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Instituição Central do Programa Monitor
de Secas.
Geilson Costa
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